quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As minhas aventuras no Milénio

Aqui há muito tempo, isto porque hoje em dia eu raramente ligo a televisão, lembro-me de um anúncio a uma série que dava pelo nome de Millenium (acho que era assim que se escrevia). Adiante, normalmente à hora de almoço, e dada a fraca qualidade dos restaurantes que povoam a avenida chamada d'a Liberdade, acabava sempre por optar, dentro do mau, pelo mais barato o que implicava a minha entrada diária num estabelecimento chamado "Milénio". Para além de achar que é um nome nada apropriado para um pseudo-restaurante sempre tive a sensação, ao entrar ali, de estar a entrar numa outra dimensão, e imaginava que talvez a série da televisão, que eu também nunca vi, contasse as aventuras de uma personagem num mundo qualquer onde se passariam estranhos e curiosos acontecimentos. Nas minhas aventuras por esta estranha terra com escassos metros quadrados fiz grandes descobertas, sendo sem dúvida a mais espantosa o facto de, afinal e apesar da minha aparente fragilidade, ser uma criatura com um ar extremamente ameaçador. Este facto foi inferido num diálogo aceso com a gerente do referido território, a quem agradeço ter-me elucidado para o facto, dado que me gritou a plenos pulmões "Olhe que eu não tenho medo de si!" O facto de ter pedido o livro de reclamações, parece-me, deve ter contribuído para esta conclusão da senhora, a qual não posso deixar de agradecer, afinal não é todos dias que percebemos como os livros continuam a ser uma grande defesa e uma grande fonte de clarividência. É por estas e por outras que cada vez gosto mais do saco da Waterstones que emoldurei e coloquei numa das paredes cá de casa para me lembrar todos os dias que "A book(store) is one of the only pieces of evidence we have that people are still thinking" e ainda assim...

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